quinta-feira, 29 de agosto de 2019

Imprensa

Correio do Povo destaca nosso trabalho de combate ao feminicídio e à violência doméstica

Texto da matéria: Comissão defende novas delegacias especializadas na PC e mais patrulhas Maria da Penha na BM
O feminicídio e a violência doméstica foram discutidos na manhã de ontem em uma audiência pública na Assembleia Legislativa, em Porto Alegre. Trata-se de mais um encontro realizado pela Comissão de Cidadania e Direitos Humanos (CCDH), presidida pelo deputado Sérgio Peres (PRB).
Os encontros estão ocorrendo há dois meses em várias regiões do Estado com o objetivo de debater o tema e ouvir as autoridades antes de ser produzido um relatório ao final dos trabalhos. “Queremos ver o que é possível melhorar”, sintetizou Peres. De acordo com ele, o problema vem se agravando e uma das dificuldades em combatê-lo é o fato de ocorrer no âmbito familiar. “Quando a mulher chega na delegacia e denuncia o marido é por que não tem mais condições de viver com ele. Muitas vezes ela não tem o amparo devido”, diagnosticou. “Precisamos dar mais amparo para essas mulheres. Estamos estudando a proposta de um fundo”, adiantou.
O deputado lembrou que o problema é muito “triste” e atinge também os filhos e demais familiares da vítima. “No machismo, o homem acha que é proprietário da mulher e não aceita a perda do relacionamento”, observou. “Os meninos têm que respeitar as meninas”, assinalou, destacando que a educação começa em casa, com os pais, e chega à escola. “O professor muitas vezes se torna um pai, um amigo, um orientador da criança”, acrescentou.
Peres defendeu a abertura de mais delegacias especializadas no atendimento das mulheres vítimas na Polícia Civil e a criação de mais patrulhas Maria da Penha na Brigada Militar. “Queremos saber o que precisam”, apontou. Ele disse ainda que a legislação precisa ser melhorada. “Nossa Justiça precisa ser mais dura”, avaliou.
A audiência pública foi conduzida pela deputada Sofia Cavedon (PT) que propõe tratar da questão dentro das escolas. “A ideia é trabalhar com mais ênfase na alteração de situações que geram o feminicídio e a violência doméstica, como a cultura machista, às vezes reproduzida até de forma inconsciente. A escola precisa problematizar, ter estratégias pedagógicas e empoderamento das meninas”, ressaltou Sofia. “Temos de interromper a produção do machismo senão nunca vamos acabar com a violência contra a mulher. Não vai ter rede de acolhimento suficiente, nem tornozeleira suficiente”, concluiu. 

Edição de 29/08/2019 do Correio do Povo, editoria Polícia, página 23.

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