terça-feira, 24 de julho de 2018

Jornal do Comércio


PRB decide apoiar Eduardo Leite ao Piratini 

Sigla chegou a avaliar aliança com Sartori, mas decidiu se juntar a PHS, PPS e PTB na coligação liderada pelo PSDB


O Partido Republicano Brasileiro (PRB) definiu no início da tarde desta segunda-feira que apoiará o candidato tucano Eduardo Leite na corrida eleitoral pelo Palácio Piratini. A sigla decidiu se juntar a PHS, PPS e PTB na coligação liderada pelo PSDB, que irá confirmar o nome do ex-prefeito de Pelotas na convenção estadual no dia 5 de agosto. 

Presidente regional do PRB, o deputado federal Carlos Gomes destacou a aprovação da gestão de Eduardo Leite em Pelotas, evidenciada, segundo ele, pela eleição em primeiro turno de sua sucessora, Paula Mascarenhas (PSDB), com quase 60% dos votos válidos. 

Gomes disse que a decisão foi motivada também pelo tucano ser “um candidato jovem, mas com experiência” e que o ainda pré-candidato “é contra a reeleição, então ele pode pensar em um projeto para o Estado sem se preocupar consigo mesmo”. 

Uma das possibilidades do PRB era se aliar ao MDB na disputa. 

O próprio Gomes esteve reunido por mais de uma hora com o governador José Ivo Sartori (MDB) na quinta-feira passada. Sartori ainda não confirmou se será de fato candidato a manter seu posto de chefe do Executivo, e essa indefinição tem gerado dúvida em alguns partidos. 

O próprio ex-governador gaúcho Germano Rigotto (MDB), desistiu de concorrer ao senado por ter pouco tempo hábil para realizar uma campanha efetiva. Mas, para o presidente estadual do MDB, Alceu Moreira, “todos sabem que o Sartori vai ser candidato. Os partidos podem até usar essa justificativa (da demora em definir a candidatura à reeleição). Mas certamente não foi isso que fez o PRB apoiar o PSDB”. Gomes reiterou que a escolha de apoiar Eduardo Leite foi uma preferência interna da maioria das lideranças do partido. 

Outro partido a se decidir foi o Patriota, que anuncia hoje apoio à chapa comandada pelo MDB, que já conta com o apoio de PSB e PSD. O coordenador político do partido, Caio Flávio, afirmou que a legenda terá concorrentes a deputados federais e estaduais e reiterou o apoio do partido ao presidenciável Jair Bolsonaro (PSL). 

Flávio afirmou que o atual governador emedebista durante seu mandato, “tem demostrado ser um homem íntegro, e vem as encontro das ideias de Bolsonaro de lisura na política, fazendo frente a toda essa dificuldade de hoje”. 

Assim, 27 dos 35 partidos registrados junto ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) já definiram sua posição para a corrida ao Palácio Piratni. Restam oito. Amanhã, um bloco formado por quatro siglas deve decidir se fechará aliança com o MDB ou o PSDB. PMN, PTC, PSC, e PRP mantêm conversas com estes dois partidos – além do PP, que está mais distante de acerto – e estão próximos a uma definição. Se não amanhã, até quinta-feira o caminho do bloco será conhecido. O PR e a Rede ainda não têm como certo o nome que querem ver governando o Estado nos próximos quatro anos. Ambos aguardam a palavra final de Sartori quanto uma tentativa de inédita reeleição. Além dos emedebistas, as duas legendas mantêm negociações com PSDB e PDT. 

O PR fará uma convenção no próximo dia 30, enquanto a Rede espera chegar a um acordo até sexta-feira, data em que a pré-candidata à presidência da República pelo partido, Marina Silva, tem agenda em Porto Alegre. A reportagem não conseguiu contato com PCO e DC.

(Edição de 24 de julho de 2018, Política P. 19)

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