O deputado estadual Sergio Peres (Republicanos) manifestou, nesta quarta-feira (19), sua indignação com o que ele considera “descaso com os nossos irmãos brasileiros”, referindo-se à falta de ação das autoridades diplomáticas frente à ordem de deportação de 34 brasileiros em Angola, integrantes do trabalho missionário da Igreja Universal.
A declaração foi feita durante reunião ordinária da Comissão de Cidadania e Direitos Humanos da Assembleia Legislativa, quando Peres relatou que a tem havido uma série de ações de perseguição religiosa e política que, na opinião do parlamentar, violam tratados internacionais e os direitos humanos.
O republicano destacou que, de acordo com especialistas em direito internacional, o ato das autoridades de Luanda no dia 11 deste mês foi considerado ilegítimo e que o Ministério das Relações Exteriores falhou ao não responder com uma ação direta no conflito. “Esses brasileiros deportados não tiveram sequer tempo de se despedir de suas famílias, sendo embarcados à força em avião apenas com a roupa do corpo”, relatou. Para ele, o episódio vem refletir uma quebra do acordo bilateral de irmandade entre Brasil e Angola no momento em que esses integrantes da comunidade evangélica teriam sido tratados com desprezo, sem chance de defesa e sem contar com qualquer amparo das autoridades diplomáticas.
Nesta semana, a bancada evangélica da Câmara Federal solicitou esclarecimentos sobre a deportação dos missionários brasileiros e agora também está sendo cobrada uma posição do Itamaraty frente à situação.
Em julho de 2020, foram registrados ataques a propriedades e templos da Igreja Universal em Angola. Sergio Peres também lembrou que, desde esse período, bispos e pastores vêm sofrendo violência e ameaças, mesmo aqueles que atuam em projetos sociais no país africano há décadas. A deportação dos brasileiros teria sido fruto da tentativa de tirar a Universal de Angola, por parte de um grupo de pastores dissidentes.
Na última segunda-feira (17), o presidente Jair Bolsonaro autorizou que o ministro das Relações Exteriores tomasse a frente na criação uma comissão para ir a Angola, a fim de tratar da questão.
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