Comissão de Meio Ambiente conhece projeto
que poderá abastecer Polo Carboquímico
Visita técnica aconteceu nos municípios de Butiá e Minas do Leão |
No Dia Mundial do Meio Ambiente, 5 de junho, um grupo de deputados estaduais realizou visita técnica em unidades da mineradora Copelmi, em Butiá, para conhecer o ciclo de vida da mineração no Rio Grande do Sul e o projeto de expansão Mina Guaíba, que será implementado nos municípios de Eldorado do Sul e Charqueadas. A visita, proposta pelo deputado Gabriel Souza (MDB), foi realizada através da Comissão de Saúde e Meio Ambiente da Assembleia Legislativa.
Durante a visita na unidade B3, em Butiá, o gerente de Sustentabilidade da Copelmi, Cristiano Weber, explicou que a nova unidade poderá gerar mais de mil empregos diretos e minerar 166 milhões de toneladas de carvão durante o seu período de operação, previsto para 30 anos.
A nova unidade, em processo de licenciamento ambiental, abastecerá o futuro Polo Carboquímico do Rio Grande do Sul, instituído pela lei 15.047/2017, que poderá utilizar o carvão mineral tanto para geração de energia como na sua transformação em gás de síntese e fertilizantes. “A Mina Guaíba representa uma oportunidade para o Estado fazer a gaseificação do carvão mineral a partir da instalação do polo carboquímico”, reforçou Weber.
Além de conhecer uma mina em operação, o grupo também esteve na Fazenda Butiá – área recuperada ambientalmente após 22 anos de atividades de mineração. “Recebemos hoje subsídios técnicos que nos auxiliarão no debate sobre a implementação do Polo Carboquímico no estado com a garantia da sustentabilidade ambiental”, afirmou Gabriel.
Ao Estado, a Mina Guaíba, que terá um investimento privado de R$ 600 milhões, poderá gerar R$ 218 milhões/ano de tributos totais, diretos e indiretos. No Polo Carboquímico, o investimento será de USD 4,4 bilhões e haverá um impacto no PIB gaúcho de R$ 23,4 bilhões no período de 20 anos.
Cava transformada em aterro
Após a visita em Butiá, os deputados seguiram até Minas do Leão para conhecer um dos maiores aterros sanitários do Brasil, administrado pela Companhia Riograndense de Valorização de Resíduos (CRVR). O local, que antigamente foi uma área minerada pela Copelmi, hoje recebe quatro mil toneladas de resíduos sólidos por dia, o que representa 40% do lixo produzido pelos gaúchos.
De acordo com o diretor-presidente da empresa, Silvio Kleine, a CRVR iniciou, em 2018, um plano de expansão com investimentos na ordem de R$ 500 milhões para construção de novos aterros e estações de transbordo no estado. “Possuímos uma área de sustentabilidade dentro de cada uma das unidades do grupo. Nos preocupamos com o tratamento do chorume e do odor e, qualquer problema que viermos a ter, a comunidade pode entrar em contato direto conosco”, explicou Kleine.
O deputado Gabriel aproveitou a oportunidade para buscar subsídios técnicos para construção do relatório da Subcomissão de Aterros Sanitários da Assembleia Legislativa. “Estamos conhecendo este tipo de atividades no Rio Grande do Sul, mas também queremos fazer outras visitas no país e fora do Brasil para que possamos trazer experiências inovadoras, ambientalmente sustentáveis e tecnologicamente avançadas para poder implantar aqui no nosso estado”, anunciou o relator da subcomissão.
Participaram da visita os deputados Zilá Breitenbach, Franciane Bayer, Sérgio Peres, Vilmar Lourenço, Sebastião Melo, Gilberto Capoani e Valdeci Oliveira. Representantes da Fepam, da Sema e de outros parlamentares também acompanharam.
Texto e foto: Imprensa MDB
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