Pela comunidade surda e surdocega do RS
As demandas da comunidade surda e, em especial, da comunidade surdocega do Rio Grande do Sul pautaram audiência nesta sexta-feira (8) no gabinete do deputado Sergio Peres (PRB).
De acordo com a representante do Grupo Brasil Surdocego, Fernanda Falkoski, as dificuldades em promover políticas para o segmento começam no próprio mapeamento desta população. "Hoje não temos o reconhecimento e a consciência da surdocegueira como uma condição única. O IBGE não a contempla no Censo, e muitas vezes ela é entendida como deficiência múltipla, o que dificulta o registro e se torna um empecilho para as ações de inclusão", explica a professora e intérprete.
No Rio Grande do Sul, estima-se que hoje existam 180 surdocegos e, pelo censo escolar, haveria aproximadamente 400 surdocegos no País. Porém, Fernanda informa que dez anos atrás a prefeitura de São Paulo elaborou um estudo no qual detectou 400 moradores surdocegos só no município. "Para o Brasil, qualquer número lançado estará longe do real", avalia.
Sugestões das lideranças serão levadas ao Poder Executivo Estadual por intermédio do deputado Sergio Peres, que também deverá protocolar, neste mês de fevereiro, projeto de lei que dispõe sobre a visibilidade do segmento perante o poder público e a sociedade.
A reunião mediada pela intérprete Luciana Côrte Real contou com a participação do representante da Federação Nacional de Educação e Integração dos Surdos (Feneis), Diego Silva; dos representantes da comunidade surda no PRB, professor Cristian Strack e Larissa Basei; do chefe de gabinete de Sergio Peres, Eder da Costa, além do diretor administrativo da FADERS Acessibilidade e Inclusão, Romario Cruz.
Texto: Jorn. Karine Bertani MTE 9427 | Assembleia Legislativa
(Fotos Larissa Bianca Basei)
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