Penitenciária Estadual
Feminina de Guaíba recebe visita técnica da CEFSIP
Chefe de Segurança Rose Rangel, Missionário Volnei, diretora Adriana Gós e Peres |
Os deputados Sergio Peres (PRB) e Missionário Volnei
(PR) estiveram nesta segunda-feira (27) em Guaíba com o intuito de
verificar as condições estruturais da Penitenciária Estadual Feminina para o
trabalho de assistência espiritual oferecido às 265 mulheres que atualmente
cumprem pena de privação de liberdade no estabelecimento. A visita técnica
integra as atividades da Comissão Especial para tratar da função social das
Igrejas nos Presídios e Centros de Tratamento de Drogadição do Rio Grande do
Sul (CEFSIP), criada em novembro do ano passado no Legislativo gaúcho para
buscar soluções aos entraves estruturais e burocráticos enfrentados pelos
evangelizadores nesses locais. O colegiado presidido por Sergio Peres tem prazo
até maio para ter aprovado em plenário relatório de trabalho a ser
apresentado pelo relator Missionário Volnei.
“São os homens de preto?” “É dos Direitos Humanos?” As
perguntas gritadas que se ouvem das galerias denota o cotidiano de espera das
detentas por algum indicativo institucional que sinalize a possibilidade de um
novo rumo no cumprimento da pena. De acordo com a administração do presídio, a
maioria das apenadas frequentam as reuniões de auxílio espiritual oferecidas
aos sábados no pátio da prisão por quatro instituições religiosas, que se
alternam a cada semana. O estabelecimento também conta com Núcleo Estadual de
Ensino de Jovens e Adultos (Neeja), que oferece Ensino Fundamental.
Segundo a diretora Adriana Gós da Silva, já houve
parceria com a iniciativa privada para a confecção de roupas. Mas desde o
fechamento da empresa, as atividades laborais no presídio são de demanda
interna, como a cozinha, que conta com mão de obra carcerária. Recentemente foi
disponibilizado curso de corte e costura e o maquinário deverá permanecer na
casa prisional, o que alimenta a esperança das detentas e da administração em
aparecer empresas dispostas a estabelecer convênio com a Penitenciária. “Além de
ser uma mão de obra barata, há vantagem direta para a imagem social da empresa
que gera trabalho e renda às detentas. E quando uma egressa da carceragem está
apta a exercer uma profissão, há ganhos não só a ela e a sua família, mas a
toda a sociedade”, avalia o delegado da 9ª DPR Ricardo Cassal, que acompanhou a
visita.
Somado ao baixo efetivo de servidores na Penitenciária
de Guaíba, a população carcerária feminina tem perfil que exige mais esforço à
administração, conforme relatam a chefe de Segurança Rose Rangel e a auxiliar
Simone Naressi. “Elas têm necessidades diferenciadas, especialmente no que diz
respeito a material de higiene. A demanda é bem superior que a masculina e não
haveria condições de atender, ainda que de forma precária, não fosse a arrecadação
em campanhas que a gente faz”, afirma Rose. A agente também lembrou que o
auxílio espiritual se faz ainda mais necessário hoje, já que as mulheres têm
ingressado na prisão cada vez mais jovens, e de personalidade mais agitada.
Na próxima sexta-feira (31) o Presídio Regional
de Santa Cruz do Sul receberá a visita dos parlamentares. A Comissão também
estará em um dos presídios da 1ª DPR no dia 3 de abril e no dia 10 uma
audiência pública reunirá parlamentares, representantes do Poder Público e instituições
religiosas na sede do Ministério Público Estadual.
Jorn. Karine Bertani - MTE 9427 | Assembleia Legislativa
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