Peres quer garantir
realocação de trabalhadores surdos
O deputado estadual Sergio Peres (PRB) recebeu, nesta terça-feira (12), comitiva da Federação Nacional de Educação e Integração dos Surdos (FENEIS) para tratar da situação dos trabalhadores surdos da Companhia Rio-grandense de Artes Gráficas (CORAG) frente à extinção do órgão.
Em reunião mediada pela intérprete de Libras Juliana Rosa Neves, o grupo alertou que a medida do Poder Executivo Estadual para superar a crise traz como consequência o fim de uma política social para 25 surdos que serão desligados do vínculo de trabalho. “Há pessoas com idade mais avançada, com mais de 10 anos de serviços prestados à Corag, servidores que são responsáveis pelo sustento de suas famílias”, informou o coordenador de Desenvolvimento da FENEIS, Jeferson Gonçalves.
A entidade reivindica uma garantia de que a mão-de-obra dos trabalhadores surdos seja aproveitada em outras instituições. “A extinção de fundações está vinculada a um programa de superação da crise, mas o trabalho que é oportunizado para a sobrevivência da a população surda faz parte de um projeto social voltado a um segmento que historicamente carece de atenção de políticas públicas”, observou Cristian Strack, representante da comunidade surda.
“Diferentemente de outras pessoas, elas terão dificuldade muito maior em se recolocar no mercado de trabalho, pois já têm um histórico de segregação social que vem desde cedo, nas dificuldades de acesso à educação”, completou Carlos Martins, diretor regional da Feneis.
Peres confirmou o apoio que já havia anunciado à comunidade surda no início deste ano e garantiu que seguirá acompanhando a situação do segmento no processo de extinção da Corag. “É nosso dever garantir que essas pessoas que estão em condição diferenciada não sejam penalizadas pelo Poder Público. O pleito que já apresentei e defendo junto ao Poder Executivo Estadual é a realocação imediata dos trabalhadores surdos em outras instituições”.
A diretora administrativa da Feneis fez um apelo ao deputado, estendido a todo o Legislativo gaúcho: “Se nada for feito, os trabalhadores surdos ficarão à margem, ficarão excluídos. Estamos realmente muito preocupados porque conhecemos a realidade deles, é gente que não teve oportunidade em outros lugares”.
Fonte: Jorn. Karine Bertani MTE 9427 | Assembleia Legislativa
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