Sergio
Peres é aplaudido em plenário ao defender valorização da família
Menções ao ensino
sobre identidade de gênero foram excluídas do
Plano Estadual de
Educação do Rio Grande do Sul
Sob aplausos das galerias
no plenário da Assembleia Legislativa, o deputado Sergio Peres (PRB)
defendeu, nesta terça-feira (23), a supressão da Ideologia de
Gênero, Orientação Sexual e derivados do Plano Estadual de
Educação (PPE), votado após mais de sete horas de discussão em
plenário.
O parlamentar protocolou
emenda ao projeto de lei 287 de 2014 solicitando a retirada dos
termos que, segundo ele, “conferem à escola uma atribuição que
é, por direito, dos pais”. Peres argumentou que a família tem
amparo da Constituição Federal e aos pais deve ser assegurada a
autonomia para decidir de que forma e em que tempo abordar questões
relativas à sexualidade com as crianças.
O deputado também
destacou que no Plano Nacional de Educação foram rejeitadas todas
as citações relativas ao tema. “Essa matéria já foi amplamente
debatida no Congresso Nacional, com plena participação da
sociedade, de alunos e de educadores. Pedimos a supressão não só
do Plano Estadual de Educação, como dos planos dos municípios
gaúchos”, defendeu.
Vereadores
republicanos também se mobilizam pela causa
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Foto Câmara Caxias do Sul |
O prazo para que os
municípios brasileiros aprovem seus planos de educação se encerra
amanhã(24). Em Caxias do Sul, uma moção de repúdio de autoria do
vereador Daniel Guerra (PRB) à noção de identidade de gênero
incluída no Plano Estadual de Educação foi apresentada na Câmara
Municipal e aprovada por unanimidade.
No
documento constam os conceitos fundamentados por teóricos da
“ideologia de gênero”, os quais afirmam que ninguém nasce homem
ou mulher, mas que cada indivíduo deve construir sua própria
identidade, isto é, seu gênero, ao longo da vida. Homem e mulher,
por esta concepção, seriam papéis sociais mutáveis a serem
representados de forma dissociada da biologia.
Para Guerra, “a aprovação desta ideologia permitirá que nossos
filhos e netos serão ensinados em sala de aula que eles não são
meninos ou meninas como nos ensina a ciência, a família e a
tradição”, alertou.
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Foto Câmara Municipal Rio Grande |
No município de Rio
Grande, Paulo Roldão (PRB) foi um dos responsáveis pela
exclusão do tema no Plano Municipal de Educação, aprovado por
unanimidade com 15 emendas na última terça-feira. O vereador
ressaltou que a ideologia de gênero, ao contrário do que afirmam
seus ativistas, não tem por finalidade combater a discriminação.
“É uma noção que tem origem no movimento marxista, com o
objetivo de abolir a família como base da estrutura social,
imputando a ela a condição de instituição opressora no
desenvolvimento da criança” esclareceu o parlamentar, ao repudiar
o conteúdo do projeto de lei, lembrando que a proposta prevê a
ideologia de gênero na educação básica a partir dos 6 anos de
idade.
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Foto Câmara Municipal Rio Grande |
O tema levou militantes à Câmara de Rio Grande e gerou tumulto na
votação de segunda-feira que, por questões de segurança, foi
adiada para hoje, com distribuição de senhas para ingresso
em plenário.
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Foto Ricardo Isoton |
Em Porto Alegre, o Plano Municipal de Educação tem modificações propostas por Waldir Canal (PRB), apresentada com o apoio de sete parlamentares de outros partidos e aprovada no dia 24. A emenda 5 prevê a superação das desigualdades educacionais, com ênfase na promoção da cidadania e na erradicação da discriminação, suprimindo das metas e estratégias as expressões gênero, estudo de gênero, identidade de gênero, sexualidade, orientação sexual e diversidade sexual. De acordo com Canal, o objetivo da proposição é “suprimir termos do Plano que possam ocultar o valor da família e a importância dos pais na educação dos filhos”.
Fonte: Jorn. Karine Bertani MTE 9427
Coordenação de Comunicação PRB/RS