SAP/CARAÁ
Audiência pública debate precariedade da estrada de acesso
A morosidade da conclusão das obras do acesso asfáltico entre os municípios de Caraá e Santo Antônio da Patrulha foi tema de audiência pública promovida quarta-feira, 25, pela Comissão de Assuntos Municipais da Assembleia Legislativa na Câmara de Vereadores de Caraá, no litoral gaúcho.
O encontro proposto pelo deputado estadual Sergio Peres (PRB) reuniu representantes do poder público estadual, lideranças locais e moradores dos dois municípios que reclamam das más condições de trafegabilidade do trecho que compreende 8,5 km da RS-30 ao AM-10.
Peres propôs a formação de uma frente parlamentar na Assembleia para tratar do tema e lembrou que em mais de 100 municípios gaúchos há obras inacabadas por falta de recursos. Ele confirmou a apresentação de emenda à Lei Orçamentária de 2016 (PL 342/2015), assinada com os deputados Gerson Borba e Marcel Van Hattem, ambos do PP, propondo a destinação de R$ 10 milhões para a pavimentação do trecho.
Natural de Caraá, o parlamentar recebeu de moradores um documento que registra que uma obra de recuperação foi iniciada em maio de 2010, paralisada em janeiro de 2011 e retomada em agosto do mesmo ano. Os trabalhos foram novamente interrompidos em junho de 2012 e, desde então, foram realizadas obras de nivelamento e de terraplanagem. No último procedimento, foram utilizados piche e brita, resultando em poeira preta espalhada pelos veículos que trafegam no local. "Chegando à cidade vemos casas totalmente fechadas em função do excesso de pó. Além disso, o desenvolvimento econômico está comprometido na região por dificuldades de escoamento da produção local", observou. De acordo com autoridades locais, os municípios têm sacrificado 30% do PIB em função da precariedade da estrada.
Saúde pública comprometida por poeira tóxica
Empresários, lideranças e moradores presentes à audiência alertaram que os danos não são somente econômicos. Para eles, a concretização da obra deverá melhorar as condições de saúde da população, que atualmente convive com uma poeira considerada tóxica. O prefeito de Caraá, Silvio Miguel Fofonka, lembrou que dos 23 municípios do litoral, apenas Caraá não dispõe de asfaltamento na rodovia que tem tráfego intenso, onde circulam caminhões com alimentos e veículos transportando pacientes. Ele também revelou que, por recomendação médica, muitas pessoas pretendem mudar de cidade. O coordenador da 16ª Superintendência Regional do DAER, Nelson Haeser adiantou que o contrato que dispõe sobre a conclusão da obra foi atualizado.
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