O 25 de outubro marca o Dia Nacional de Combate ao Preconceito contra as Pessoas com Nanismo. Reconhecemos os avanços da medicina e da tecnologia, que permitiram melhorar a qualidade de vida dos cidadãos, e verificamos a ampliação do debate acerca de políticas inclusivas e do respeito à diversidade. Contudo, viver com nanismo no Brasil ainda requer um esforço extraordinário.
O nanismo é considerado uma doença rara, e se configura a partir de uma anomalia genética, nem sempre hereditária, que não afeta a capacidade intelectual do indivíduo. Estamos falando de um universo complexo, que registra, hoje, cerca de 200 tipos de nanismo em todo o mundo. A falta de mapeamento populacional dessa deficiência no Brasil é identificada como um dos fatores que mantêm as pessoas com nanismo alijadas da pauta de ações do poder público. A principal dificuldade refere-se ao acesso a equipamentos públicos, como ônibus e banheiros, que já contemplam a população cadeirante, mas ainda não estão preparados para o uso do cidadão com nanismo.
Além das barreiras arquitetônicas que impedem a acessibilidade, existe a barreira social verificada na satirização da pessoa com nanismo, revelando um modelo cultural perverso, que agrava, ainda mais, as condições de vida desses cidadãos e aumenta a responsabilidade de todos nós na luta contra a discriminação. Que saibamos assumir juntos a missão de fazer valer direitos, garantir o atendimento integral, combater preconceitos e promover a empatia.

Nenhum comentário:
Postar um comentário
Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.